Após dois anos de suspensão por causa da pandemia de covid-19, o Senado realizou nesta segunda-feira (27), sessão solene para a posse dos jovens senadores e para eleição da Mesa do Jovem Senador 2022.
Até o dia 1º de julho, os 27 jovens estudantes selecionados dentro do programa, com respectivos professores, vão participar da chamada Semana de Vivência Legislativa. Neste período, o grupo vai experimentar o processo de discussão e elaboração das sugestões legislativas. O trabalho dos jovens simula a atuação dos senadores, em uma legislatura com quatro dias de duração.
Programação
A programação começou hoje com a posse e eleição da Mesa e vai terminar com a aprovação dos projetos e sua publicação no Diário do Senado. Na terça-feira (28), além das reuniões nas comissões, os jovens vão conhecer as dependências do Congresso Nacional e visitar a Catedral e o Palácio do Planalto. Já na quarta-feira (29), haverá um encontro com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e com o professor e escritor Eduardo Bueno, em que o tema será o bicentenário da Independência do Brasil — que foi o tema da redação deste ano.
As reuniões nas comissões prosseguem na quinta-feira (30), dia em que os estudantes também terão uma audiência com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e vão acompanhar a abertura da exposição da Agência Senado e da Rádio Senado. Na sexta-feira (1º), haverá a sessão de fotos oficiais, palestras e a reunião final, que vai ocorrer no Plenário do Senado.
Os professores que vêm acompanhando os alunos também participam de boa parte da programação com os jovens senadores. Eles terão, no entanto, atividades específicas como a apresentação do Portal e-Cidadania, na segunda-feira, e uma palestra sobre o processo legislativo, na terça. Na quarta-feira, os professores vão acompanhar uma palestra sobre a docência e a educação pelo fortalecimento da cidadania. Já na quinta-feira, eles vão aprender um pouco mais sobre comunicação assertiva e empática.
Desde o início do programa, já foram apresentadas 54 proposições ao colegiado, sendo que 40 delas foram aceitas e passaram a tramitar como projetos de lei e duas seguiram como propostas de emenda à Constituição (PECs).
Novidade
Segundo o coordenador do programa, Antônio Carlos Burity uma das novidades desta edição foi a sessão de diplomação, antes da cerimônia de posse. Para o coordenador, o programa é uma oportunidade especial para o estudante, ao abrir a possibilidade de muitas experiências e conhecimentos. Ele destacou o que chamou de “capilaridade do jovem senador”, ao citar que muitos dos selecionados vêm de cidades do interior, muitas vezes não conhecem nem a capital do próprio estado e vêm a Brasília de avião, para participar de uma semana legislativa.
“O perfil do jovem senador é do estudante do interior. Estamos falando de inclusão. Esses jovens são vencedores e merecem todo o nosso reconhecimento”, destacou.
Mulheres
Nesta edição, dentre os 27 selecionados há 19 meninas. Burity afirmou que o número não chega a ser surpreendente, pois as mulheres sempre tiveram um papel de destaque dentro do programa. Para ele, a representação evidencia um interesse especial das mulheres pela política, e pode indicar uma maior conscientização para a sociedade.
Desde o início do programa, em 2010, já foram apresentadas 54 proposições ao colegiado. Destas, 40 foram aceitas e passaram a tramitar como projetos de lei e duas seguiram como propostas de emenda à Constituição (PECs).