Um controverso imposto de importação sobre produtos encomendados do exterior entrou em vigor este mês e brasileiros expressaram nas redes sociais um misto de emoções à espera de sua implementação.
Na semana anterior à primeira aplicação do novo imposto – entre sexta-feira, 26 de julho, e quinta-feira, 1º de agosto – a Latam Intersect Intelligence realizou um Relatório de Análise Emocional, baseado na tecnologia Delta Analytics, que identificou uma mistura de sentimentos nas cinco principais plataformas de redes sociais.
Analisando conversas no Facebook, Instagram, TikTok e Twitter/X sobre o tema ‘imposto de importação’, o relatório revelou que os usuários das redes sociais se sentiram majoritariamente surpresos no Facebook, com uma mistura de expectativa e medo no Instagram, medo e felicidade no TikTok, e raiva e medo no Twitter/X. As maiores emoções registradas foram 67,74% de surpresa no Facebook, 33,33% de medo no Twitter/X, 29,49% de expectativa no Instagram e 28,17% de felicidade no TikTok.
“Medo e surpresa não são as melhores emoções que se espera diante do que se provou ser um problema político altamente controverso para o governo brasileiro,” comenta Roger Darashah, diretor da Latam Intersect PR. “E embora haja alguma felicidade refletida no TikTok, além de expectativa no Instagram, a perspectiva é, em grande parte, negativa.”
O governo introduziu o novo imposto de importação, que adiciona 20% sobre compras de até 50 dólares em itens importados de fora do Brasil, em uma tentativa de nivelar o campo de jogo entre os varejistas nacionais e sua concorrência internacional – como Shopee, Shein e AliExpress. O argumento é que, ao tributar essas compras, o governo pode gerar uma receita estimada de R$ 1,3 bilhão em 2024, e R$ 2,7 bilhões em 2025, que seria redirecionada para financiar investimentos e desenvolvimento nacional.
No entanto, não apenas 7 em cada 10 brasileiros gostam de comprar itens de sites internacionais, como também são os grupos de consumidores de menor renda que o fazem.
Estatisticamente, são os jovens e as mulheres os mais propensos a fazer compras online. Resta saber como as plataformas de redes sociais, que também são o lar de vozes jovens, continuarão a reagir a este tópico à medida que mais pessoas pagarem os novos impostos adicionados na próxima compra.
“Certamente é algo que continuaremos a monitorar,” conclui Roger. “E talvez o governo fosse sábio em fazer uso da nossa análise emocional, pois a tecnologia permite que marcas e organizações vejam o mundo (ou uma questão particular) através dos olhos de outros; ou seja, da maneira como eles (consumidores, informados ou não) buscam um determinado produto ou informação puramente (e exclusivamente) não solicitada e não condicionada.”
Os Relatórios de Análise Emocional (AE Reports) revelam as emoções mais associadas a uma determinada marca, produto ou assunto na web, nas notícias e em qualquer plataforma de rede social. Os dados de AE são específicos por idioma e país, permitindo que os gestores de marca comparem os sentimentos mais comumente associados à sua marca ou produto com os principais concorrentes, além de monitorar ao longo do tempo ou em relação a marcos importantes (eventos, lançamentos, campanhas, etc). Desenvolvidos por especialistas em otimização de empatia orientada por dados, a Delta Analytics BV, os Relatórios de AE estão disponíveis exclusivamente na América Latina através da Latam Intersect PR.