De janeiro a março deste ano, o lucro líquido das operadoras de planos de saúde ficou acima dos R$ 3 bilhões.
Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, este é o melhor resultado para os três primeiros meses de um ano desde 2019, antes da pandemia de Covid-19.
Já o lucro operacional, que considera custos e despesas, foi de mais de UM bilhão e 800 milhões de reais, no primeiro trimestre deste ano. No mesmo período do ano passado, o resultado havia sido negativo em UM bilhão e 600 milhões de reais.
Segundo os dados da ANS, mais de 75 por cento das empresas do setor tiveram resultado positivo neste primeiro trimestre, registrado em meio a uma onda de rompimentos unilaterais de contratos por conta de transtornos ou doenças.
E diante deste cenário, manifestantes protestaram nesta quinta-feira, na Glória, no Rio de Janeiro. Fabiane Simão, presidente da associação de mães Nenhum Direito a Menos, considera que para os planos de saúde, o lucro está acima da vida.
No mês passado, 20 operadoras foram notificadas para explicar o crescimento desses rompimentos unilaterais, incluindo o de beneficiários que estavam em tratamentos que dependem de assistência contínua.
Os planos se comprometeram a não interromper o cancelamento de contratos de crianças com autismo e paralisia cerebral, por exemplo. Mas beneficiários reclamam que os cancelamentos continuaram em ao menos duas operadoras.
Edição: Nadia Faggiani / L Pedrosa
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