A rede de Organizações Não Governamentais ambientalistas Climate Action Network concedeu ao Brasil, nesta segunda-feira (4), o antiprêmio Fóssil do Dia durante a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP 28), que ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes.
O prêmio é uma crítica à decisão do Brasil de participar da Organização dos Países Produtores de Petróleo Plus (Opep+). Criadas em 1960, a Opep tem 13 membros, entre eles Arábia Saudita, Venezuela e Angola. Já a Opep+ reúne outros 10 países aliados dos membros permanentes, entre eles Rússia, México, Malásia e Sudão.
Segundo a Organização que reúne 1.900 entidades de 130 países, “o Brasil parece ter confundido a produção de petróleo com a liderança climática, o que pode minar os esforços dos negociadores brasileiros em Dubai que estão tentando romper velhos impasses e agir com senso de urgência”.
Nesse domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva justificou a entrada do Brasil como observador do grupo dos países produtores de petróleo como uma forma de influenciar a transição energética.
O ‘Prêmio Fóssil do Dia’ é entregue durante a COP 28 para países que, na avaliação da Climate Action Network, adotarem alguma medida contrária ao meio ambiente.
A África do Sul também ‘ganhou’ prêmio nesta segunda-feira por decidir expandir operações de mineração de carvão. No domingo, os Estados Unidos receberam o antiprêmio por terem doado ‘apenas’ U$ 17,5 milhões para o Fundo de Perdas e Danos das Mudanças Climáticas, mesmo sendo um dos maiores emissores de gases do efeito estufa.
* Com informações da Agência Brasil.
Foto: © Geraldo Falcão / Agência Petrobras