Os petroleiros começaram a 0h desta sexta-feira uma série de atos e eventuais paralisações em unidades da Petrobras com o objetivo de pressionar a estatal a atender as reivindicações do Acordo Coletivo de Trabalho e também resolver questões estruturais, como a recomposição do efetivo e a retirada de subsidiárias do Programa de Privatização.
Nesta sexta-feira as manifestações acontecem em refinarias e usinas termelétricas, em todo o país.
Na segunda-feira, as mobilizações vão ser feitas nas subsidiárias Transpetro, Petrobras Bio Combustíveis e TBG, a transportadora brasileira do gasoduto Brasil Bolívia. Na terça, os atos serão nas unidades administrativas e, finalmente, na quarta-feira, 1º de novembro, será a vez das áreas de produção e exploração, nas plataformas.
O movimento foi decidido em assembleias dos sindicatos realizadas nesta quinta-feira, que rejeitaram pela segunda vez, e, por unanimidade, a contraproposta de Acordo Coletivo de Trabalho, apresentada pela Petrobras.
De acordo com o diretor do Sindipetro/RJ, o sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, Antony Devalle, dentre as reivindicações que a Petrobras não aceita negociar estão o plano de saúde, a reposição de 3,8% das perdas salariais passadas e de 3% de ganho real, além da equiparação das tabelas salariais das subsidiárias.
O sindicalista lembrou que os trabalhadores da Petrobras estão em estado de greve, também aprovado nas assembleias, mas que acredita que as negociações com a Petrobras vão avançar sem a necessidade de uma greve.
Em nota, a Petrobras informou que está em processo de negociação do Acordo Coletivo 2023/2025 com as entidades sindicais e que até o momento, não foi notificada oficialmente sobre paralisações.
Reitera que segue aberta ao diálogo e fazendo todos os esforços para negociar o acordo coletivo, de forma a garantir a segurança das pessoas, das instalações e a continuidade operacional.