Esmaeil Narimanpour, um cristão de origem muçulmana que foi preso na véspera de Natal, em 2023, saiu da prisão recentemente, no Irã. Ele foi obrigado a pagar uma fiança de aproximadamente dez mil dólares para ser liberto e ficou por aproximadamente quatro meses em cárcere.
O cristão foi condenado por fazer parte de grupos cristãos sionistas, o que é considerado uma das “ações contra a segurança nacional” no Irã. No dia da prisão, a casa do cristão foi revistada por agentes da Inteligência Iraniana e livros cristãos foram confiscados sem mandato.
Ele também foi submetido a uma “reeducação religiosa”, para forçá-lo a voltar ao islamismo enquanto esteve detido na prisão de Shiban. Esmaeil conseguiu falar brevemente com a família no Dia de Natal, em 2023, quando informou onde estava preso.
Mas quando a esposa e o irmão dele tentaram saber mais sobre a situação do cristão enquanto esteva preso, foram detidos por horas e submetidos a interrogatório. O caso de Esmaeil não é isolado. Diversos cristãos são presos arbitrariamente no Irã em batidas policiais, pois são considerados perigosos para a unidade nacional.
A Perseguição no Irã
O país é o 9º na Lista Mundial da Perseguição 2024, que classifica os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo.
No Irã, se você é parte de uma comunidade cristã tradicional – cristãos arminianos ou assírios, por exemplo – sua fé é provavelmente tolerada. Mas você também será tratado como cidadão de segunda classe. Além disso, não terá permissão para cultuar ou ler a Bíblia em farsi, a língua do Irã, ou ter qualquer contato com cristãos que se converteram do islamismo. Se você for pego apoiando convertidos, pode ser enviado para a prisão.
Para cristãos que se convertem do islamismo, nem mesmo a aparência da tolerância é apresentada. A conversão do islamismo para o cristianismo é ilegal no Irã, e qualquer pessoa descoberta como convertida pode ser detida ou presa. O governo vê a conversão como uma tentativa de o Ocidente minar o islamismo e o governo islâmico do Irã. Isso significa que qualquer um que é descoberto sendo membro de uma igreja doméstica pode ser acusado de crime contra a segurança nacional, o que pode levar a longas sentenças de prisão. Quem for preso ou detido pode ser torturado e abusado na prisão. Alguns cristãos são soltos, mas continuam sendo monitorados – e sabem que uma segunda prisão significaria uma longa sentença.
Cristãos que deixam o islamismo também podem enfrentar pressão da família e comunidade. Convertidos podem perder sua herança, cristãos solteiros podem ser forçados a se casar com um muçulmano, e cristãos casados podem ser forçados a se divorciar ou perder os filhos.
Você pode ajudar
Para saber mais sobre os cristãos perseguidos no Irã e como ajudá-los, acesse www.portasabertas.org.br