Em um cenário marcado pela expectativa de queda na taxa básica de juros, três dos maiores bancos do Brasil, Santander, Bradesco e Itaú Unibanco, afirmaram durante o Abecip Summit, evento promovido pela Associação Brasileira das Entidades do Crédito Imobiliário e Poupança, que não planejam reduzir as taxas cobradas no crédito imobiliário ainda este ano. A notícia surge em meio à recente redução da SELIC pelo Banco Central.
Rafael Scodelario, CEO da Escodelar Inteligência Imobiliária, comenta sobre essa decisão dos bancos e a possível estratégia por trás dela. “É compreensível que essas instituições financeiras optem por manter as taxas de crédito imobiliário estáveis no momento. Acredito que estão se preparando para uma crescente na contratação de financiamentos no próximo ano, à medida que as taxas de juros possam continuar a cair. Essa é uma estratégia sólida para atrair potenciais compradores de imóveis”, afirma o profissional.
De acordo com informações da Abecip, a entidade projeta que o crédito imobiliário deve se manter estável em 2023 em relação ao ano anterior, com um volume de novas concessões chegando a impressionantes R$ 240 bilhões. Essa estabilidade nas taxas, mesmo em um cenário de possível redução adicional da SELIC, pode ser vista como uma oportunidade para aqueles que desejam adquirir propriedades.
Rafael destaca ainda que os interessados em comprar imóveis devem agir rapidamente, aproveitando as condições atuais, “Quando as taxas de juros eventualmente diminuírem, podemos esperar um aumento na demanda por parte dos clientes, o que naturalmente resultará em uma valorização dos imóveis devido à dinâmica de oferta e demanda”, acrescenta.
Portanto, enquanto os grandes bancos mantêm suas taxas de crédito imobiliário estáveis em 2023, a recomendação é clara: quem deseja adquirir um imóvel deve considerar tomar medidas agora, aproveitando as condições favoráveis do mercado, antes que a demanda crescente possa impactar nos preços das propriedades.