Na guerra no Oriente Médio o exército israelense ampliou os ataques pra toda a Faixa de Gaza depois da trégua de uma semana. Militares avançam por terra pelo sul e ordenam a retirada da população em parte da principal cidade da região. Antes concentrada no norte, a ofensiva israelense agora segue para o sul.
Nesta segunda-feira (4) militares deram novas ordens para que moradores saíssem de cerca de 20 áreas da Faixa de Gaza. No domingo o exército determinou a retirada imediata de residentes de vários bairros de Khan Yunis, no sul, para onde muita gente do norte havia fugido.
Agora o novo destino deles é a cidade de Rafat, perto da fronteira com o Egito. Israel afirma que está definindo locais seguros para os civis. Mas funcionários da ONU e moradores dizem que é difícil atender a essas orientações em tempo real, por causa do acesso irregular à internet.
Além da ofensiva por terra, Israel continua com ataques aéreos e disse ter atingido 200 alvos do Hamas em toda a Faixa de Gaza nesta segunda-feira. Hoje palestinos reviravam escombros em busca de sobreviventes em Rafat, numa área que eles consideravam segura. O local foi bombardeado.
Desde o início da guerra, quase 16 mil palestinos, 70% deles mulheres e crianças foram mortos em ataques. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, a controlado pelo Hamas, um dos poucos hospitais que ainda funcionam em Rafat está passando por dificuldades.
O gerente do local diz que a situação é catastrófica por causa do aumento da população na região e a extrema necessidade de medicamentos, alimentos e água. Em Israel, 140 pombos Correio foram soltos perto da entrada de uma das comunidades mais atingidas pelo ataque do Hamas em 7 de outubro. A iniciativa foi para simbolizar a esperança de retorno dos mais de 100 reféns que estão em poder do Hamas.
Foto: © Naaman Omar/Agência Palestina de Notícias e Informação (Wafa), via Wikimedia Commons