As estatais do Brasil que não conseguem sobreviver sem ajuda financeira do governo serão avaliadas de dois em dois anos. Já aquelas que têm capacidade de se manter sozinhas serão analisadas a cada quatro anos.
As novidades foram divulgadas pelo secretário de Desestatização, Salim Mattar, e a secretária especial do PPI, Programa de Parcerias de Investimentos, Martha Seillier, após a primeira reunião do ano do grupo.
O secretário de Desestatização garantiu que está em negociação com os senadores para acertar detalhes do projeto de lei da capitalização da Eletrobras, que tramita no Congresso.
“Estamos elaborando com os senadores o arredondamento da possível modelagem. A modelagem a ser feita não pode transferir riqueza do público para, no caso, os minoritários. Acreditamos que em uma ou duas semanas teremos essa modelagem pronta e esse PL vai trafegar com facilidade”.
Mattar explicou que o governo federal não tem capacidade de investir os R$ 15 bilhões por ano que a Eletrobras precisa para se manter no mercado de energia. Hoje, a empresa só consegue aplicar R$ 4 bilhões.
Ele garantiu que a iniciativa privada tem condições de injetar o dinheiro necessário na Eletrobras. Mattar argumentou que se o governo tivesse os bilhões necessários para investir na empresa, preferiria direcionar para outras áreas.
“Preferiria alocar esse recurso na qualidade de vida do cidadão. Saúde, melhoria dos quartos do SUS, mais presídios, melhoria da qualidade da merenda escolar. Colocar isso num investimento onde o privado tem dinheiro sobrando não faz sentido”.
Salim Mattar prevê que a privatização dos Correios ocorra apenas em 2021, devido ao tamanho da empresa.